Ferramentas de Gestão no Laboratório: Como Aplicar Ishikawa, Pareto, 5 Porquês e 5W2H Para Melhorar Processos
Analise como aplicar ferramentas clássicas da qualidade — como o Diagrama de Ishikawa, o Gráfico de Pareto, os 5 Porquês e o 5W2H — na rotina de laboratórios clínicos para resolver problemas, reduzir retrabalho e melhorar resultados.
CONSULTORIA E GESTÃO BIOMÉDICAATUALIDADES
Ariéu Azevedo Moraes
8/15/20254 min ler


Ferramentas de Gestão no Laboratório: Como Aplicar Ishikawa, Pareto, 5 Porquês e 5W2H Para Melhorar Processos
Introdução
Laboratórios clínicos operam em um ambiente de alta complexidade, onde a precisão, a agilidade e a rastreabilidade dos processos são pilares fundamentais. Apesar disso, é comum encontrar falhas operacionais, gargalos logísticos e retrabalho, especialmente quando os fluxos de trabalho não estão bem definidos. A boa notícia é que ferramentas clássicas da gestão da qualidade podem ser aplicadas com êxito mesmo em laboratórios de pequeno e médio porte.
Ferramentas como o Diagrama de Ishikawa, o Gráfico de Pareto, os 5 Porquês e o 5W2H ajudam a transformar problemas recorrentes em oportunidades de melhoria. Quando aplicadas corretamente, elas permitem identificar causas-raiz, definir prioridades e implementar soluções realistas. Neste artigo, exploramos como aplicar cada uma dessas ferramentas na prática laboratorial, com exemplos e um caso real de sucesso com o SaaS da Pipeta e Pesquisa.
O que você vai encontrar neste artigo
O que são as ferramentas de gestão e por que aplicá-las
Exemplos práticos em laboratórios com Ishikawa, Pareto, 5 Porquês e 5W2H
Caso real de um laboratório municipal com solução SaaS
Como implementar com equipes pequenas
Links para ferramentas e calendário de gestão da saúde
Por que aplicar ferramentas de gestão no laboratório?
Gestão da qualidade é mais do que uma exigência da acreditação: é uma forma de cultura organizacional que valoriza a prevenção de erros e o aperfeiçoamento contínuo. Quando ferramentas simples de gestão são aplicadas ao dia a dia laboratorial, os resultados são tangíveis:
Redução de não conformidades e retrabalho
Identificação de gargalos invisíveis no fluxo
Maior rastreabilidade dos erros e melhorias
Engajamento da equipe técnica na tomada de decisões
Diagrama de Ishikawa: a espinha dorsal da análise de causas
O Diagrama de Ishikawa é também conhecido como Diagrama de Causa e Efeito ou Espinha de Peixe. Ele ajuda a organizar as possíveis causas de um problema em categorias visuais, facilitando a investigação coletiva.
Exemplo em laboratório:
Problema: Aumento na taxa de amostras hemolisadas
Método: técnica de punção inadequada, agitação do tubo
Material: tubos vencidos, agulhas finas demais
Mão de obra: profissionais sem treinamento específico
Máquina: centrífuga sem revisão preventiva
Meio ambiente: coleta sob pressão, calor excessivo
Medida: ausência de indicador para hemólise
Ao visualizar tudo isso em formato de "espinha", a equipe consegue ver onde estão os focos prováveis de falha e agir de forma direcionada.
Gráfico de Pareto: priorize sem desperdiçar energia
Com base no Princípio 80/20, o Gráfico de Pareto mostra que poucos problemas geram a maior parte dos impactos. É uma ferramenta que transforma registros de não conformidades em dados visualmente interpretáveis.
Exemplo aplicado:
Problema: Muitos erros no recebimento de amostras
32 registros de amostras sem identificação
25 ocorrências com tubo errado
18 com volume insuficiente
7 com temperatura inadequada
4 contaminadas visivelmente
As três primeiras representam quase 80% dos erros. Ou seja, atuar sobre elas gera um impacto imediato na redução de retrabalho.
5 Porquês: encontre a origem do problema
A técnica dos 5 Porquês é simples: você pergunta repetidamente “por quê?” até chegar na causa raiz. O poder está em olhar para além do sintoma e identificar onde está a falha estrutural.
Exemplo:
Problema: Relatórios estão sendo liberados com atraso
Por quê? As amostras chegam tarde ao setor técnico
Por quê? A coleta demora mais que o previsto
Por quê? Há apenas um coletador
Por quê? O outro está de férias sem reposição
Por quê? Ninguém informou o gestor sobre a escala
Causa raiz: Falha de comunicação entre RH e liderança
Essa abordagem mostra que o atraso não é um problema da liberação técnica, mas da gestão de pessoas.
5W2H: um plano de ação direto e eficiente
O 5W2H é uma ferramenta objetiva e fácil de aplicar. Ela responde 7 perguntas que estruturam o plano de ação:
What: O que será feito?
Why: Por que?
Where: Onde?
When: Quando?
Who: Quem será o responsável?
How: Como será feito?
How much: Quanto custará?
Exemplo real:
Problema: Aumento de rejeição por tubo inadequado
O que: Treinamento sobre tipos de tubos
Por que: Reduzir falhas e desperdício
Onde: Sala de treinamento da coleta
Quando: Segunda-feira, 14h
Quem: Supervisora da coleta
Como: Apresentação com simulação
Custo: R$ 0 (materiais internos)
Caso real: como a Pipeta e Pesquisa ajudou um laboratório a destravar a rotina
Em um laboratório público parceiro da Pipeta e Pesquisa, todas as amostras coletadas nas unidades básicas chegavam ao mesmo tempo. E apenas uma pessoa era responsável por separar, planilhar e distribuir os exames para os setores técnicos.
Esse profissional era o elo de toda a operação. Quando faltava, a equipe travava.
Usando os conceitos de Ishikawa e 5 Porquês, identificamos a causa-raiz: dependência de um único colaborador e falta de padronização no recebimento de amostras.
A solução foi o Organizador da Pipeta — um SaaS simples e intuitivo. Com ele:
Toda a equipe acessa a planilha online em tempo real
Qualquer profissional da área técnica pode executar a tarefa
A triagem é agilizada, padronizada e rastreável
Em poucas semanas, o tempo de resposta caiu, os setores ganharam fluidez e o laboratório deixou de depender de um único elo frágil.
Como aplicar essas ferramentas com equipes pequenas?
Engana-se quem pensa que ferramentas de gestão exigem grandes equipes ou consultorias caras. Você pode começar com o que tem:
Escolha um problema real e frequente
Apresente a ferramenta com exemplos simples
Use quadro branco, planilhas ou murais
Reúna a equipe envolvida
Registre e acompanhe os resultados quinzenalmente
Com o tempo, a equipe aprende a antecipar problemas, registrar melhorias e pensar de forma crítica.
Conclusão
Aplicar ferramentas de gestão no laboratório é como diagnosticar a própria rotina. Quando você trata as causas e não só os sintomas, o resultado é mais produtividade, menos retrabalho e uma equipe que se sente parte da solução.
Não importa o tamanho do seu laboratório. Com boas perguntas e ferramentas certas, você pode transformar sua gestão de maneira prática.
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Referências
ANVISA – Manual de Boas Práticas em Laboratórios
Revista Qualidade – Análise de Pareto na Saúde
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