Fevereiro Roxo: Conhecendo Lúpus, Fibromialgia e Alzheimer
Fevereiro Roxo: entenda a campanha de conscientização sobre lúpus, fibromialgia e mal de Alzheimer, seus sintomas, exames laboratoriais para diagnóstico e a importância do acolhimento em saúde pública.
CAMPANHA DE CORES
Ariéu Azevedo Moraes
2/8/20254 min ler


Fevereiro Roxo: Conscientização sobre Lúpus, Fibromialgia e Mal de Alzheimer
Quando a dor não aparece nos exames de imagem, a memória começa a falhar e o cansaço passa a ser companheiro diário, muitas pessoas ouvem a mesma frase: “os exames estão normais”. Ainda assim, algo claramente não vai bem. É justamente nesse território das doenças crônicas, silenciosas e muitas vezes invisíveis que o Fevereiro Roxo ganha força.
A campanha chama atenção para três condições que impactam profundamente a qualidade de vida e a saúde pública: lúpus, fibromialgia e mal de Alzheimer. Todas exigem diagnóstico precoce, acompanhamento contínuo, apoio da família e da rede de saúde — incluindo o papel decisivo das análises clínicas, da biomedicina e dos exames laboratoriais no monitoramento de sintomas, complicações e resposta ao tratamento.
Neste artigo, você vai entender como surgiu o Fevereiro Roxo, o que caracteriza cada uma dessas doenças, principais sinais de alerta, formas de diagnóstico, exames mais utilizados e possibilidades de tratamento, além da importância do acolhimento e do combate ao estigma em torno de condições crônicas e neurodegenerativas.
O que é o Fevereiro Roxo?
Fevereiro Roxo é uma campanha de conscientização dedicada ao lúpus, à fibromialgia e ao mal de Alzheimer, destacando sintomas, formas de diagnóstico e a importância do cuidado contínuo. A iniciativa busca dar visibilidade a doenças crônicas muitas vezes invisíveis, incentivando o diagnóstico precoce, o acolhimento e o respeito às pessoas que convivem com essas condições.
Criada em 2014, a campanha do Fevereiro Roxo escolheu o roxo como símbolo por representar espiritualidade, empatia e transformação. Seu lema — “Se não tem cura, que tenha conforto” — resume o objetivo da mobilização: oferecer informação, apoio e acolhimento às pessoas com lúpus, fibromialgia e Alzheimer.
Mais do que dar visibilidade às doenças, a campanha também alerta sobre a importância de buscar ajuda médica ao menor sinal de sintomas e de respeitar a realidade de quem lida com essas condições todos os dias.
Lúpus: quando o sistema imunológico ataca o próprio corpo
O lúpus é uma doença autoimune que provoca inflamações em diversas partes do corpo. Isso acontece porque o sistema imunológico, que deveria proteger, passa a atacar órgãos e tecidos saudáveis, como pele, articulações, rins e cérebro.
Sintomas comuns:
Fadiga intensa
Dores nas articulações
Febre sem causa aparente
Lesões na pele (em forma de asa de borboleta sobre o nariz)
Perda de cabelo
Problemas renais
Diagnóstico:
Não há um exame único para o diagnóstico do lúpus. O mais comum é o teste de anticorpos antinucleares (ANA), junto com exames de sangue, urina e função renal.
➡ Saiba mais sobre lúpus no site da Sociedade Brasileira de Reumatologia
Tratamento:
O tratamento visa controlar os sintomas e impedir o avanço da inflamação. Pode incluir:
Corticoides
Imunossupressores
Antimaláricos
Alterações na rotina, como evitar exposição ao sol e controlar o estresse
Com acompanhamento médico e cuidado diário, é possível conviver bem com o lúpus.
Fibromialgia: a dor que o exame não mostra
A fibromialgia é uma síndrome que causa dor muscular crônica e generalizada, além de fadiga, distúrbios do sono, ansiedade e problemas de memória. É mais comum em mulheres, especialmente entre os 30 e 60 anos.
Sintomas frequentes:
Dor constante e difusa
Fadiga
Sono não reparador
Dificuldade de concentração (“nevoeiro mental”)
Depressão ou ansiedade
Diagnóstico:
A fibromialgia não aparece em exames de imagem ou sangue. O diagnóstico é clínico, feito por exclusão de outras doenças e pela avaliação dos chamados “pontos dolorosos”.
➡ Veja mais sobre o tema no portal do Ministério da Saúde
Tratamento:
Como não há cura, o foco é aliviar a dor e melhorar a qualidade de vida com uma abordagem multidisciplinar:
Uso de antidepressivos e analgésicos
Fisioterapia
Terapias alternativas (yoga, acupuntura, meditação)
Exercícios físicos leves e regulares
Psicoterapia
O suporte emocional é essencial. A dor pode não ser visível, mas é real — e precisa ser acolhida.
Mal de Alzheimer: quando a memória começa a se apagar
O mal de Alzheimer é a principal causa de demência no mundo. Trata-se de uma doença neurodegenerativa progressiva que compromete as funções cognitivas, especialmente a memória, linguagem e raciocínio.
Sintomas iniciais:
Esquecimentos recorrentes
Desorientação no tempo e espaço
Dificuldade de comunicação
Mudanças de humor e comportamento
Com o tempo, o Alzheimer afeta a capacidade do paciente de realizar tarefas simples do dia a dia, exigindo cuidados constantes.
Diagnóstico:
É feito com base em avaliação clínica, testes neuropsicológicos e exames como ressonância magnética. O acompanhamento precoce é essencial para retardar a progressão da doença.
➡ Conheça os sinais no site da Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz)
Tratamento:
Embora ainda não tenha cura, é possível desacelerar os sintomas com:
Medicamentos como inibidores da colinesterase
Estimulação cognitiva
Terapia ocupacional
Apoio familiar e social
Cuidadores também precisam de suporte, pois a jornada é desafiadora para todos os envolvidos.
Por que o Fevereiro Roxo é tão importante?
Essas três doenças têm algo em comum: são invisíveis aos olhos, mas profundamente impactantes. Muitas vezes, o preconceito, a desinformação e a falta de apoio agravam ainda mais o sofrimento de quem convive com essas condições.
O Fevereiro Roxo é um lembrete de que informação pode transformar vidas. Conhecer os sintomas, buscar ajuda médica e oferecer acolhimento a quem vive com lúpus, fibromialgia ou Alzheimer faz toda a diferença.
O que você pode fazer?
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Apoie pacientes e cuidadores
Incentive a escuta, o respeito e o diagnóstico precoce
Procure atendimento médico se você identificar sintomas
Resumindo:
O Fevereiro Roxo nos convida a olhar para o outro com mais empatia. Mesmo que essas doenças não tenham cura, a informação, o cuidado e a solidariedade são formas poderosas de oferecer conforto e dignidade. E isso, sim, pode mudar vidas.
Fontes e referências:
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