Alzheimer: novo medicamento Kisunla chega ao Brasil
Entenda o que é o Kisunla (donanemabe), aprovado no Brasil para Alzheimer em estágio inicial, quem pode se beneficiar, riscos como ARIA e o papel dos exames na confirmação de patologia amiloide.
ATUALIDADESIMUNOLOGIA
Ariéu Azevedo Moraes
5/2/20254 min ler
A aprovação do Kisunla (donanemabe) pela Anvisa marca uma nova fase na abordagem do Alzheimer em estágio inicial no Brasil.
Indicado para pacientes com comprometimento cognitivo leve ou demência leve associados à doença, o medicamento atua sobre o acúmulo de beta-amiloide, ajudando a reduzir placas e a retardar a progressão clínica em perfis específicos de pacientes.
Desenvolvido pela Eli Lilly, o donanemabe é um anticorpo monoclonal administrado por infusões intravenosas mensais, com esquema inicial de 700 mg e posterior de 1400 mg, podendo ser utilizado até a depuração das placas amiloides ou por tempo definido quando o monitoramento por método validado não estiver disponível.
E aqui entra o ponto que conecta diretamente o tema às análises clínicas e à medicina diagnóstica moderna: não existe indicação sem confirmação de patologia amiloide. Isso reforça o papel de exames especializados no fluxo diagnóstico e na seleção segura de pacientes, tornando o laboratório e os centros de diagnóstico peças-chave nessa nova etapa do cuidado.
Neste artigo, você vai entender o que é o Kisunla, para quem ele é indicado, quais os principais desafios de segurança e por que a integração entre clínica, imagem e biomarcadores tende a ganhar ainda mais protagonismo com a chegada desse tipo de terapia ao país.
Exame de sangue para diagnóstico precoce do Alzheimer chega ao Brasil
Além do novo medicamento, outro avanço vem revolucionando o cenário de análises clínicas e exames laboratoriais no Brasil: o exame de sangue que identifica o Alzheimer antes mesmo dos sintomas.
Esse teste inovador mede a presença da proteína p-tau217 no plasma sanguíneo, um biomarcador altamente correlacionado ao acúmulo de placas amiloides no cérebro — uma característica precoce da doença.
Estudos mostram que o exame possui até 96% de precisão, sendo uma ferramenta revolucionária para o diagnóstico precoce do Alzheimer. Com uma simples coleta de sangue realizada em laboratórios especializados, é possível identificar alterações neurodegenerativas muito antes da manifestação clínica.
Essa inovação reforça a importância da biomedicina e da integração de novos métodos diagnósticos no dia a dia dos laboratórios de análises clínicas, priorizando tratamentos mais eficazes e intervenções em estágios iniciais.
O Kisunla (donanemabe) é um anticorpo monoclonal aprovado no Brasil para Alzheimer em estágio inicial (comprometimento cognitivo leve ou demência leve) com patologia amiloide confirmada. O tratamento é feito por infusão mensal e exige monitoramento rigoroso, com critérios específicos de elegibilidade, incluindo perfil genético relacionado ao ApoE ε4.
Resultados e eficácia do Kisunla
O que mostram os estudos clínicos?
Em ensaios clínicos envolvendo 1.736 pacientes, o donanemabe conseguiu reduzir o declínio cognitivo em até 35% em comparação ao placebo, especialmente em indivíduos com níveis mais baixos da proteína tau — outro marcador analisado em exames laboratoriais.
Além disso, aproximadamente 76% dos pacientes tratados apresentaram significativa redução das placas amiloides no cérebro após 18 meses, comprovada por exames de imagem.
Esses resultados destacam a importância de estratégias de diagnóstico precoce e do papel essencial dos laboratórios em monitorar a progressão da doença.
Quais são as restrições e efeitos colaterais?
Apesar dos avanços, o Kisunla exige avaliação criteriosa baseada em análises clínicas e exames complementares.
O medicamento não é recomendado para:
Indivíduos que utilizam anticoagulantes, como varfarina.
Pacientes com angiopatia amiloide cerebral detectada por ressonância magnética.
Entre os efeitos adversos relatados estão:
Inchaço cerebral.
Micro-hemorragias, evidenciadas em exames de imagem.
Sintomas gripais leves, como febre e dor de cabeça.
Esses efeitos reforçam a necessidade de acompanhamento médico e laboratorial constante.
(Fonte: O Povo)
Acesso e preço: quando o medicamento estará disponível?
Embora aprovado pela Anvisa, o Kisunla ainda aguarda liberação de preço pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), o que pode atrasar sua chegada às farmácias e laboratórios.
Nos Estados Unidos, o custo anual é de aproximadamente US$ 32.000 (cerca de R$ 183.000), levantando debates sobre a acessibilidade ao tratamento no Brasil.
Especialistas alertam que profissionais da biomedicina, laboratórios clínicos e da área de diagnósticos devem se preparar para orientar pacientes quanto ao acesso ao medicamento e à necessidade de monitoramento rigoroso.
O impacto global e nacional da aprovação
Uma nova esperança para pacientes e familiares
A chegada do Kisunla e dos exames de sangue avançados para diagnóstico precoce posiciona o Brasil em um novo patamar no enfrentamento do Alzheimer.
Esses avanços fortalecem a atuação das análises clínicas, dos exames laboratoriais e da biomedicina no combate a doenças neurodegenerativas. Priorizar o diagnóstico precoce agora se torna ainda mais crucial para oferecer qualidade de vida e esperança às famílias.
Fontes para leitura complementar
Anvisa aprova medicamento para retardar avanço do Alzheimer – Agência Brasil
Medicamento para Alzheimer promete frear a doença em estágio inicial – Boa Notícia Brasil
Especialista destaca avanço com novo medicamento no Alzheimer – Bahia Notícias
Então concluímos:
A aprovação do Kisunla e a chegada de exames de sangue para diagnóstico precoce são marcos importantes para a saúde no Brasil. A combinação entre análises clínicas, exames laboratoriais e novos tratamentos reforça o compromisso com uma medicina mais preventiva, eficaz e humana.
Esses avanços abrem novos caminhos para o cuidado integral dos pacientes e suas famílias, evidenciando a importância do acesso à inovação na área da saúde.
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