Alzheimer: novo medicamento Kisunla chega ao Brasil

Conheça o Kisunla (donanemabe), novo tratamento para Alzheimer aprovado pela Anvisa, e saiba sobre o exame de sangue inovador que detecta a doença precocemente no Brasil.

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Ariéu Azevedo Moraes

5/2/20254 min ler

copo de vidro com água encima da mesa com dois comprimidos ao lado
copo de vidro com água encima da mesa com dois comprimidos ao lado

Novo medicamento para Alzheimer chega ao Brasil: entenda o impacto do Kisunla (donanemabe)

O que é o Kisunla (donanemabe)?

Em abril de 2025, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso do Kisunla (donanemabe) no Brasil, um marco importante para a área de análises clínicas e neurologia. Este é o primeiro medicamento no país que atua diretamente na causa da doença de Alzheimer, trazendo novas possibilidades para o diagnóstico precoce e o tratamento.

Desenvolvido pela farmacêutica Eli Lilly, o Kisunla é um anticorpo monoclonal que se liga às placas de beta-amiloide no cérebro, facilitando sua remoção. Essas placas são detectadas por meio de exames laboratoriais avançados, como a tomografia por emissão de pósitrons (PET scan) de amiloide.

O tratamento consiste em infusões intravenosas mensais realizadas em ambiente de laboratório hospitalar ou clínicas especializadas, indicado para pessoas com comprometimento cognitivo leve ou demência leve, confirmado por exames laboratoriais específicos.
(Fonte: Agência Brasil)

Exame de sangue para diagnóstico precoce do Alzheimer chega ao Brasil

Além do novo medicamento, outro avanço vem revolucionando o cenário de análises clínicas e exames laboratoriais no Brasil: o exame de sangue que identifica o Alzheimer antes mesmo dos sintomas.

Esse teste inovador mede a presença da proteína p-tau217 no plasma sanguíneo, um biomarcador altamente correlacionado ao acúmulo de placas amiloides no cérebro — uma característica precoce da doença.
(Fonte: Veja Saúde)

Estudos mostram que o exame possui até 96% de precisão, sendo uma ferramenta revolucionária para o diagnóstico precoce do Alzheimer. Com uma simples coleta de sangue realizada em laboratórios especializados, é possível identificar alterações neurodegenerativas muito antes da manifestação clínica.

Essa inovação reforça a importância da biomedicina e da integração de novos métodos diagnósticos no dia a dia dos laboratórios de análises clínicas, priorizando tratamentos mais eficazes e intervenções em estágios iniciais.

Resultados e eficácia do Kisunla

O que mostram os estudos clínicos?

Em ensaios clínicos envolvendo 1.736 pacientes, o donanemabe conseguiu reduzir o declínio cognitivo em até 35% em comparação ao placebo, especialmente em indivíduos com níveis mais baixos da proteína tau — outro marcador analisado em exames laboratoriais.

Além disso, aproximadamente 76% dos pacientes tratados apresentaram significativa redução das placas amiloides no cérebro após 18 meses, comprovada por exames de imagem.
(Fonte: Portal Tela)

Esses resultados destacam a importância de estratégias de diagnóstico precoce e do papel essencial dos laboratórios em monitorar a progressão da doença.

Quais são as restrições e efeitos colaterais?

Apesar dos avanços, o Kisunla exige avaliação criteriosa baseada em análises clínicas e exames complementares.

O medicamento não é recomendado para:

  • Indivíduos que utilizam anticoagulantes, como varfarina.

  • Pacientes com angiopatia amiloide cerebral detectada por ressonância magnética.

Entre os efeitos adversos relatados estão:

  • Inchaço cerebral.

  • Micro-hemorragias, evidenciadas em exames de imagem.

  • Sintomas gripais leves, como febre e dor de cabeça.

Esses efeitos reforçam a necessidade de acompanhamento médico e laboratorial constante.
(Fonte: O Povo)

Acesso e preço: quando o medicamento estará disponível?

Embora aprovado pela Anvisa, o Kisunla ainda aguarda liberação de preço pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), o que pode atrasar sua chegada às farmácias e laboratórios.

Nos Estados Unidos, o custo anual é de aproximadamente US$ 32.000 (cerca de R$ 183.000), levantando debates sobre a acessibilidade ao tratamento no Brasil.

Especialistas alertam que profissionais da biomedicina, laboratórios clínicos e da área de diagnósticos devem se preparar para orientar pacientes quanto ao acesso ao medicamento e à necessidade de monitoramento rigoroso.

O impacto global e nacional da aprovação

Uma nova esperança para pacientes e familiares

A chegada do Kisunla e dos exames de sangue avançados para diagnóstico precoce posiciona o Brasil em um novo patamar no enfrentamento do Alzheimer.

Esses avanços fortalecem a atuação das análises clínicas, dos exames laboratoriais e da biomedicina no combate a doenças neurodegenerativas. Priorizar o diagnóstico precoce agora se torna ainda mais crucial para oferecer qualidade de vida e esperança às famílias.

Fontes para leitura complementar

Conclusão

A aprovação do Kisunla e a chegada de exames de sangue para diagnóstico precoce são marcos importantes para a saúde no Brasil. A combinação entre análises clínicas, exames laboratoriais e novos tratamentos reforça o compromisso com uma medicina mais preventiva, eficaz e humana.

Esses avanços abrem novos caminhos para o cuidado integral dos pacientes e suas famílias, evidenciando a importância do acesso à inovação na área da saúde.

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